História

Jorge Schweizer conheceu o Rio Negro em 1946, aos 9 anos de idade, em uma excursão de pesca feita com o avô, Max Wirth. Saindo do Estado de São Paulo para o Mato Grosso (naquele tempo ainda era um só estado), os aventureiros cruzaram o trecho do rio Aquidauana até o rio Negro com carros de boi e por lá montaram acampamento durante uma semana.

O encantamento pela fartura e diversidade da fauna e flora pantaneira se uniram a vontade de entender o desconhecido e, em 1979, Jorge e Evelyn realizaram o tão almejado sonho, ao adquirirem um pedaço de terra do amigo Orlando Rondon, no Pantanal da Nhecolândia, à beira do rio Negro. A essa gleba deram o nome de Fazenda Salina. Durante os anos 80, o casal continuou investindo em terras no entorno, com a visão de obter uma área maior que poderia cobrir os diferentes micro habitats e, portanto, manter uma maior diversidade de fauna e flora bem preservada. Em 1988 o casal comprou a Fazenda Barranco Alto e em 1992, à época da ECO 92, Jorge Schweizer lançou o livro “Ariranhas no Pantanal”. Esta obra foi baseada na pesquisa de campo feita durante oito anos ao longo de 46 km do rio Negro. Salina passa a servir como abreviação de “SAlve as LINdas Ariranhas” e o fascínio pela natureza indomável é transmitido aos quatro filhos.

Em 2003 a filha Marina Schweizer e seu marido Lucas Leuzinger vem morar na Fazenda Barranco Alto para dar início ao empreendimento de ecoturismo. Como biólogo, Lucas percebe a urgência em obter mais informações de cunho científico sobre a ecologia deste bioma. A partir de 2006, parcerias com universidades de diversos países possibilitam uma melhor compreensão para os moradores locais e, ao mesmo tempo, viabilizam o acesso de pesquisadores interessados em realizar seus trabalhos em campo. Leticia e Ana Emilia, filhas de Lucas e Marina, estudam na Escola Vale do Rio Negro e o espírito de comunidade é fortalecido com eventos locais como Festa Junina e Festa do Cavalo.

Em parceria com os pais, os quatro filhos sócios adquirem em 2007 uma área na margem esquerda do rio Negro, com características diferentes do Pantanal da Nhecolândia. Este Pantanal é chamado de Abobral e a área, conhecida por Fazenda Santa Thomazia, encontra-se em frente a fazenda Barranco Alto, do outro lado do rio.

Entre 2017 e 2019 a Pousada e Fazenda Barranco Alto são administrados pela filha mais nova de Jorge e Evelyn Schweizer. Corinne Schweizer e seu marido Ben Griffiths aventuram-se com seus dois filhos pequenos, Jack e Emilia, para igualmente conviverem com jacarés, arancuãs e tuiuius, aprendendo e convivendo com os segredos da natureza.

Atualmente, a Pousada Barranco Alto encontra-se sob a gerência de Camilla Schweizer e o setor de pecuária foi assumido por Noel Schweizer, completando assim o ciclo dos quatro filhos e suas devidas famílias presentes e ativos no empreendimento Pantaneiro. O empreendimento funciona como sociedade e a filosofia de conservação da natureza com inclusão da tradicional pecuária extensiva é a base do mesmo. Pesquisa de longo prazo, apoio da comunidade local, estímulo a educação e incentivo ao conhecimento mais profundo do meio-ambiente são nossos ideais.  

Além da família Schweizer, fazem parte da grande família Barranco Alto uma excelente equipe de guias, motoristas, cozinheiros, camareiras, peões, tratorista e capataz. No Pantanal, o ser humano quando sozinho, não é nada frente a natureza indomável. Somente a união e cooperação de várias pessoas pode tornar possivel a realização de sonhos na Fazenda Barranco Alto.

Prêmios e certificações

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